A Polícia Civil do Rio de Janeiro cometeu uma gafe pelo Twitter ao responder à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que questionou sobre a manutenção das prisões ocorridas durante a operação contra milicianos em um sítio na zona oeste do Rio.
Em um tuíte postado na tarde de segunda-feira (23), a instituição disse que "cabe aos acusados provarem a inocência na Justiça, direito que é amplamente garantido no Estado Democrático de Direito". A frase contraria o princípio constitucional da presunção da inocência, segundo o qual cabe à acusação, e não à defesa, o ônus da prova. As informações são do portal G1.
A Assessoria de Imprensa da instituição informou, logo após a publicação da matéria do portal, que a informação "não reflete o pensamento da Polícia Civil e que o tuíte foi um equívoco". Um novo post foi publicado, dizendo que o tuíte anterior seria apagado. "Pedimos desculpas", escreveram.
No domingo (22), o defensor público geral, André Castro, havia chamado a operação de "espetáculo de injustiça". Dos 159 presos, 139, de acordo com um relatório elaborado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), não tinham passagem pela polícia.