A Polícia Civil confirmou o nome do suspeito de invadir um apartamento em Santa Maria, na Região Central, na manhã deste sábado (3), e matar duas pessoas. Diego Anderson Fontoura, 29 anos, tem registros policiais por crimes como tráfico, roubo e posse de entorpecentes, conforme o delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz.
Logo após ser preso, no mesmo apartamento onde teria tirado a vida de Gilberto Mendes, 62 anos, e de Gabriel Mendes, 16 anos, pai e filho, Fontoura foi encaminhado à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). No entanto, seu estado de saúde piorou e ele foi levado ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
Na mesma casa de saúde, está internada Vera Lúcia Gonçalves, 56 anos, mulher de Gilberto e mãe de Gabriel, baleada duas vezes. Fontoura é suspeito de, antes de invadir o imóvel, ferir outra pessoa com um tiro no peito.
A identificação foi facilitada pela mãe do suspeito. Ela disse aos investigadores que o filho estava morando em Florianópolis (SC), mas havia retornado na última quarta-feira (28). Na ocasião, conforme a mãe, ele saiu de casa sem dar explicações e estava sumido desde então. Aos policiais, ela não informou se o filho sofria de algum problema psicológico.
O delegado Meinerz afirma que os primeiros indícios apontam que o suspeito estava sob efeito de entorpecentes, mas que a polícia não descarta outras hipóteses.
— Nada é descartado, mas os indícios apontam para o uso de drogas. Ele (suspeito) chega correndo, pede carona para um grupo de pessoas. Depois de ter o pedido negado, atira em uma delas e sai correndo, invade um apartamento e mata duas pessoas. Ele defecou na própria roupa e quando foi encontrado pela polícia não falava coisa com coisa — destacou o delegado.
Segundo a Polícia Civil, Fontoura já deu entrada duas vezes no sistema prisional, em 2016. Em uma delas, ele ficou detido apenas um dia. Na outra, ficou privado da liberdade por quatro meses. Em ambas as vezes ele ficou preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).
O último registro de Fontoura na polícia foi em outubro de 2016 em um caso de resistência. Na ocasião, ele havia sido autuado por problemas no trânsito. Na época, assinou um termo onde se comprometeu a comparecer em juízo e foi liberado.