No ano passado, mais de 11 toneladas de drogas – entre maconha, cocaína, crack e haxixe – foram apreendidas no Rio Grande do Sul, conforme dados divulgados pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil, nesta sexta-feira (5). O resultado representa um aumento de 7% em relação a 2016.
No período, mais de 18 mil comprimidos de ecstasy foram retirados das ruas o que representa 25% a mais do que no ano anterior, e 8 mil pontos de LSD foram apreendidos, um acréscimo de 67% em relação a 2016. Além disso, mais de R$ 60 milhões foram confiscados e sequestrados de bens móveis e imóveis e dinheiro do crime organizado.
— O consumo e o tráfico de drogas representam a causa e a origem de 85% dos homicídios e um percentual altíssimo de outras crimes. Quando nossas operações recolhem drogas, levamos uma asfixia financeira para o tráfico. Hoje, por exemplo, tivemos a maior apreensão de drogas sintéticas do Rio Grande do Sul. Isto significa um prejuízo de mais de R$ 1 milhão para o crime — explicou o secretário estadual da Segurança, Cezar Schirmer.
Segundo o Denarc, 2017 teve 296 operações realizadas pela Polícia Civil, sendo que 32 delas foram especiais do órgão. As drogas foram incineradas em três ações que ocorreram em abril, junho e outubro.
— Nós praticamente dobramos a apreensão de maconha e atingimos recorde nos casos de LSD. Sendo que as outras drogas, como cocaína, crack e ecstasy, atingimos resultados entre os três melhores dos últimos 22 anos. O tráfico é criativo e sempre muda suas estratégias, e a polícia tem que estar atenta. Concentramos as ações contra o tráfico de maconha em alguns meses do ano e realizamos operações especiais nesse período, devido a vários fatores, como a safra da maconha, por exemplo. O resultado foi maior eficiência — afirmou o delegado Mario Souza.
CERCO AO TRÁFICO
Denarc contabiliza mais de 11 toneladas de drogas apreendidas no RS em 2017
Número representa um acréscimo de 7% em relação ao ano anterior
Cristiano Duarte
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