A Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prendeu Carlos da Silva, 39 anos, durante cumprimento de mandados de busca na manhã desta quinta-feira (14), no Vale do Sinos. Foragido do regime semiaberto em Charqueadas há seis meses, ele era considerado um dos criminosos mais procurados do Rio Grande do Sul devido a ataques a bancos com uso de explosivos.
Segundo o delegado Joel Wagner, foram cumpridos hoje seis mandados de busca e apreensão, três em Canoas, um em Triunfo e dois em São Leopoldo. O foragido estava escondido em um dos alvos, uma residência em São Leopoldo. No local, foram apreendidos binóculo, rádios comunicadores, celulares, lanterna, munição, duas pistolas, máscaras e uma farda do Exército. Silva tem vários antecedentes criminais e é apontado por ser mentor de vários assaltos. Um deles foi a explosão de uma fábrica de joias em Cotiporã, na Serra, no final de 2012. Na ocasião, um dos bandidos mortos era o irmão do investigado pelo Deic. Paulo César da Silva foi morto junto com Elisandro Rodrigo Falcão. Depois disso, ele foi preso um mês depois pelo Deic, também em São Leopoldo, portando um fuzil.
Wagner destaca que Silva teve uma condenação de 20 anos de prisão pelo roubo em Cotiporã:
— Atualmente, o foragido estava atuando em uma organização criminosa que estava explodindo bancos no interior gaúcho. Estamos fazendo um levantamento de vários fatos para comprovar a participação dele em assaltos nos últimos meses.
Silva, que havia fugido do Instituto Penal de Charqueadas, é apontado também por outro roubo na mesma fábrica de joias em Cotiporã, em 2009, além de ataques a bancos recentes, sempre com uso de explosivos, em Tapes, Maratá, Barão, entre outras cidades.