Usado como solução provisória para abrigar presos que aguardam vagas no sistema prisional, o Instituto Penal Padre Pio Buck, na zona leste de Porto Alegre, foi interditado pela Vara de Execuções Criminais, nesta quarta-feira (11), devido à superlotação. A decisão determina ainda que os presos sejam transferidos do local.
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) afirma que foi notificada de decisão ainda na quarta. O órgão diz que está trabalhando para cumprir a determinação e estuda outras casas prisionais para receberem os presos. Eles devem ser transferidos para os centros de triagem da Capital, mas não há previsão de quando isso será feito.
Até as 18h desta quinta-feira (12), cem presos estavam no local, conforme o Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar. A capacidade máxima do Pio Buck é de 45 detidos em um alojamento e 35 em outro. Os outros 20 homens estão em viaturas da BM. Em razão da superlotação, 16 brigadianos foram deslocados do policiamento ostensivo para realizar a segurança no instituto.
De acordo com o major Cláudio dos Santos Feoli, desde o inicio da tarde, quatro presos foram removidos do local, em cumprimento à decisão judicial.
No dia 15 de agosto, após inaugurar um novo centro de triagem, o Governo do Estado anunciou que iria desativar o Pio Buck, que foi improvisado como presídio após o ônibus-cela Trovão Azul deixar de ser utilizado. Depois, no final de setembro, o Piratini afirmou a intenção de transformar o instituto em uma prisão gerenciada pelos próprios presos, por meio do método de Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac).