Os 17 presos soltos pela Justiça na sexta-feira (16) da delegacia de Pronto Atendimento de Alvorada, na Região Metropolitana, tem longas fichas criminais. Um deles, por exemplo, tem histórico de tentativa de homicídio, considerado crime de maior potencial, e furto, tráfico e posse de arma. A reportagem teve acesso ao histórico dos detentos.
Outro preso que foi solto tem registros por ameaça, vias de fato e violação de domicílio. Os demais presos têm antecedentes por porte de arma de uso restrito, roubo de veículos, entre outros crimes.
— Não nos cabe entrar no mérito da decisão. É uma decisão judicial e nós temos de cumprir — disse o Diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, Fábio Mota Lopes.
Leia mais:
Justiça manda soltar presos em delegacia de Alvorada
Em 14 anos, número de condenados no RS saltou de 40 mil para 81 mil pessoas
Outros 12 presos permanecem no local, por serem considerados mais perigosos. Nesta manhã, dois estão na carceragem e dez em viaturas.
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, o juiz responsável pela decisão não dará entrevistas sobre o assunto.
O judiciário também mandou soltar ontem outros 20 presos que estavam no Presídio Central por causa da superlotação.
A superintendência de Serviços Penitenciários informou que transfere os presos das delegacias assim que surgirem vagas nas casas prisionais. Em nota, a Susepe citou que o governo está trabalhando para abrir mais um centro de triagem no Presídio Central, disponibilizando mais 112 vagas. Os outros dois centros de triagem estão operando com a capacidade limite. O órgão informou que não se manifestará sobre a decisão judicial.
A secretaria de Segurança também informou que não se manifestará sobre a decisão da Justiça.