O juiz André de Oliveira Pires, da 6ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre, decidiu manter preso o homem detido por estupro dentro de um hipermercado na última semana. A decisão foi tomada na última quinta-feira (28) após pedido da defesa do homem, mas não são fornecidos mais detalhes porque o caso está em segredo de justiça.
O Ministério Público tenta identificar se ele pode estar envolvido em outros crimes. Segundo o promotor da Infância e da Juventude, Júlio Almeida, o modus operandi de Juarez Gomes Flores, de 62 anos, permite a suposição de que ele já tenha cometido outro tipo de abuso sexual. A polícia chegou a verificar se ele tem antecedentes criminais em outros Estados, mas nada foi encontrado. O prazo para a conclusão do inquérito se encerra na próxima segunda-feira (2).
Laudos revelaram que a vítima, uma menina de cinco anos, foi vítima de abuso e também sofreu danos psíquicos. A mãe da criança contou à reportagem de GaúchaZH que a filha, que costuma ser sempre comunicativa, agora tem medo inclusive de ir ao banheiro de casa sozinha. A menina passa por tratamento psicológico.
O homem segue preso no Presídio Central, em Porto Alegre.
O abuso
O caso ocorreu na noite do último sábado (23). O homem se aproveitou do fato de a menina ter se distanciado da mãe e da avó por alguns segundos para atacar a vítima em um dos corredores do estabelecimento. Ele só parou após clientes terem flagrado o crime.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera abuso qualquer tipo de toque no corpo da vítima.
A menina voltou para a mãe e contou a história. Aos gritos, a mulher pediu ajuda. O homem foi identificado por clientes e detido por seguranças ainda dentro da loja. A Brigada Militar foi acionada e fez a prisão em flagrante.