Agente duplo é condenado
A condenação do comissário da Polícia Civil Nilson Aneli, ex-assessor do secretário da Segurança do Estado Airton Michels (2011 a 2014), é simbólica. Aneli era agente duplo: usufruía da confiança do chefe da Segurança Pública e, ao mesmo tempo, trabalhava para a quadrilha do traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, assassinado em janeiro de 2015, no Litoral Gaúcho.
Talvez seja o caso mais emblemático de infiltração do tráfico na cúpula da segurança.
A ação que resultou na morte de Xandi foi digna de uma cena de Breaking Bad. No início da tarde ensolarada de domingo, dia 4 de janeiro, criminosos cercaram a casa confortável em que Xandi veraneava com a família e amigos, no centro de Tramandaí. Naquela tarde de praia lotada, o grupo confraternizava com mulheres e crianças no pátio da residência, distante duas quadras da orla, quando os disparos se iniciaram. O comissário saiu em defesa de Xandi, que morreu atingido com tiros de fuzil.
Aneli foi condenado a 9 anos e seis meses de reclusão em regime fechado pela 2ª Vara Criminal de Tramandaí. Em um dos trechos da sentença, o juiz Emerson Silveira Mota escreve:
"o réu tinha plenas condições de entender o caráter ilícito de sua conduta, já que é de conhecimento público que integrar organização criminosa vinculada ao tráfico de drogas constitui crime grave".
Catequista assassinada
O assassinato da professora Elaine Maria Tretto, 51 anos, enquanto dava aula de catequese em uma paróquia de Estância Velha, na noite de quinta-feira (31), foi um dos assuntos mais lidos do site ao longo do dia.
Antes de deixar o local do crime, o assassino teria jogado panfletos do projeto "Vizinhos Vigiando!" sobre o corpo da vítima.
Para o delegado Luiz Fernando Nunes da Silva, que apura o crime, a possibilidade de vingança é uma das analisadas até o momento, e os panfletos serão elementos a serem investigados.
É fundamental uma resposta rápida das autoridades por dois motivos: porque a condenação de assassinos é uma das formas mais eficientes de coibir homicídios e porque não se pode deixar que o medo e a intimidação comprometam projetos bacanas como "Vizinhos Vigiando!".
Caso Nicolle
Nesta quinta-feira (31), a Polícia Civil de Cachoeirinha informou que a página no Facebook de Nicolle Brito Castilho da Silva, 20 anos, que sumiu de sua própria casa em 2 de junho, teve atualizações entre o fim de julho e o início de agosto. De acordo com a polícia, houve marcações em fotos, marcações de amigos e novos seguidores.
As atualizações na página do Facebook indicam que Nicolle está viva e, por algum motivo, prefere não ser localizada ou alguém, com a senha da jovem, estaria operando as suas redes sociais? São elementos novos em um dos desaparecimentos mais misteriosos ocorridos na Região Metropolitana.