No segundo dia de cerco da Forças Armadas na favela da Rocinha foram registrados novos tiros na comunidade da zona sul do Rio de Janeirona madrugada deste sábado (23). Disparos foram ouvidos por volta de 4h, segundo relatos de moradores à Polícia Militar (PM), informou o G1.
De acordo com o Centro de Operações, o túnel Zuzu Angel, que faz a ligação entre as zonas sul e oeste da cidade, foi interditado nos dois sentidos por algumas horas. Não há informações sobre feridos.
Cerca de 150 soldados das Forças Armadas entraram na parte baixa do complexo por volta das 16h de sexta-feira (22) com a missão é fazer cerco à comunidade e apoiar as operações das polícias civil e militar. No total, 950 homens e pelo menos 10 blindados devem participar da ação.
A guerra entre os grupos dos traficantes Antônio Bonfim Lopes, o Nem, e Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que foi intensificada na semana passada, levou a polícia a realizar operações diárias na Rocinha, comunidade com 70 mil habitantes.
Desde domingo (17), todos os dias houve tiroteio. Na manhã de sexta, novos e mais intensos confrontos levaram o governador Luiz Fernando Pezão a pedir ajuda militar. A autorização foi dada pelo ministro Raul Jungmann.
Na manhã de sexta-feira (22), houve intenso tiroteio entre criminosos e policiais, que provocou o fechamento da auto-estrada Lagoa-Barra — que liga o bairro de São Conrado à Gávea. Depois do cerco, houve um período de aparente tranquilidade na favela, mas que foi quebrado nesta madrugada de sábado.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou na sexta que, segundo informações do Comando Militar do Leste, a Rocinha estava "pacificada" no início da noite. Ele disse que os militares permanecerão na comunidade durante "a noite inteira", pelo menos até sábado. O secretário de Segurança, Roberto Sá, declarou que a operação continua "por tempo indeterminado".