O pai do adolescente de 17 anos que desapareceu em Cachoeirinha na última sexta-feira nutre esperança de rever o filho vivo, mesmo que não encontre uma resposta para o possível paradeiro do garoto. Há uma semana, o eletricista, de 51 anos, saiu de São Leopoldo, onde mora com a mulher e o filho, para deixá-lo na casa da namorada, na Vila da Paz, em Cachoeirinha. Despediram-se e o pai retornou ao Vale do Sinos, por volta das 9h.
– Foi a última vez que vi ele. Depois disso, tudo o que sei é que desapareceu de uma parada de ônibus. É o que a namorada conta e no que posso acreditar. Mas, para nós, ele ainda está vivo – desabafa o pai.
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O eletricista, que tem mais dois filhos, conta que o adolescente estava namorando há quatro meses e que as famílias pouco mantinham contato. Lembra, ainda, que o garoto nunca relatou qualquer ameaça e que, meses antes, também havia o deixado na casa da menina para ficar alguns dias.
– A gente não estava nem preocupado. Para nós, estava tudo bem. Ele é um cara brincalhão. Bobalhão, para dizer a verdade. Não acredito que tenham matado.
O titular da 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, delegado Leonel Baldasso, sustenta que o adolescente tenha sido capturado, amarrado, torturado e morto por integrantes de uma facção que domina o tráfico de drogas na Vila da Paz.
Durante a investigação, os agentes apuraram que o corpo teria sido enterrado em um matagal.
Os policiais, com ajuda de cães farejadores, fizeram buscas nesta manhã, mas não encontraram o corpo. Na quinta-feira, o trabalho será retomado com ajuda do Corpo de Bombeiros. A motivação do crime ainda é um mistério, já que a vítima não tem antecedentes criminais.