Um exame de DNA feito pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou o que a família de Lisyane Lopes, 16 anos, desconfiava: é da adolescente o corpo encontrado incendiado no porta-malas de um HB20 no bairro Cascata, na zona sul de Porto Alegre, na noite de 22 de julho. A jovem estava desaparecida desde a tarde do mesmo dia, quando foi vista pela última vez embarcando em um carro com as mesmas características no bairro Bom Jesus, na zona leste, mesmo bairro em que morava.
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A morte da menina é tida como um mistério para a investigação da 1ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre. De acordo com o delegado Rodrigo Reis, nenhuma hipótese pode ser descartada até o momento e há poucos elementos para esclarecer o crime. Um dos fatos que intrigam os investigadores é que a menina embarcou em um veículo que havia sido roubado três dias antes de um motorista do Uber na Avenida Paraná, no bairro São Geraldo.
Também chama a atenção dos agentes o fato de o irmão da jovem ter sido assassinado em fevereiro deste ano. William Giovane Lopes Barcellos foi morto aos 17 anos no bairro Bom Jesus, junto com outro rapaz. A única hipótese para o crime é de que criminosos da região estivessem descontentes com a suspeita de que ele estivesse cometendo furtos em casas.
A confirmação da morte da adolescente fará a polícia novamente ouvir testemunhas e tentar remontar os últimos passos de Lisyane antes do crime.
– Com a localização do corpo, temos uma base para saber de onde saiu a pessoa. Até então, eu tinha só o carro incendiado, que foi roubado. Agora vamos encontrar testemunhas e refazer o trajeto dela – comenta Reis.
Familiares não entendem crime
A irmã da adolescente, Lidyane Lopes, conta que não entende quem possa ter feito isso com a jovem. Lisyane foi descrita pela familiar como uma menina brincalhona, que estava ficando mais em casa, com amigas, depois de uma fase em que saiu muito para festas.
Ela não avisou a irmã e a mãe para onde ia antes de desaparecer. O comportamento foi considerado estranho pela família, já que ela sempre detalhava para onde iria e com quem estaria.
– É um sentimento horrível. Não faço ideia do que pode ter acontecido – desabafa a irmã. – Não tinha briga alguma com ninguém. Era uma menina normal.
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