– Essa ação não se encerra aqui. Nossa estratégia de ataque às organizações criminosas e integração entre as forças de segurança será permanente.
Foi assim que o secretário estadual da Segurança Pública, Cezar Schirmer, anunciou, em um pronunciamento, a Operação Pulso Firme, desencadeada no começo da manhã desta sexta-feira.
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Ao todo, segundo o secretário, 19 instituições participaram, desde o planejamento até a execução, da transferência de 27 presos de alta periculosidade das cadeias gaúchas para as penitenciárias federais de Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Os detentos, depois de transferidos de Charqueadas, passam por exames de corpo de delito antes de embarcarem na Base Aérea de Canoas.
– Não era aceitável encararmos o elevado número de homicídios com uma crueldade absurda na Região Metropolitana. Fizemos uma reação planejada – ressaltou o secretário.
A operação começou a ser programada em março, a partir das transferências de dois líderes de facções criminosas para penitenciárias federais e o reflexo que elas tinham nas ruas, com a redução dos assassinatos. A partir da Polícia Civil e do Ministério Público, lideranças foram mapeadas e tiveram as transferências solicitadas à Justiça. Dezenove delas foram negadas.
Conforme Schirmer, a operação passou por três etapas anteriores: a ocupação das ruas com maior volume de policiamento ostensivo, o lançamento do sistema integrado de segurança com os municípios e a formação dos 1,5 mil novos agentes da PC e da BM.
O secretário não comentou em seu pronunciamento, mas a informação é de que todas unidades da Brigada Militar e da Polícia Civil estão de prontidão na Capital e Região Metropolitana para evitar eventuais reações violentas das facções.