O intervalo das madrugadas dos dias 7 até 10 de julho deixou um saldo de oito ataques contra terminais ou agências bancárias no Rio Grande do Sul. Pelo menos cinco foram com o uso da violência, com tiros para assustar moradores e se aproveitando do baixo efetivo da Brigada Militar para fugir sem qualquer problema.
Os casos mais recentes são do Vale do Caí, na madrugada desta segunda-feira (10). Primeiro, um grupo de pelo menos cinco criminosos explodiu o Banrisul de Maratá. Bandidos com fuzis atiravam e assustavam moradores. Depois disso, acredita-se que o mesmo grupo tenha ido até Barão, distante 40 km, e tenha explodido a agência do Sicredi. Só o dinheiro do primeiro crime foi levado. Ninguém foi preso.
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Na madrugada deste sábado (8), em Progresso, criminosos explodiram uma agência bancária do Sicredi, atacada por volta de 0h15. A quadrilha quebrou o vidro do banco com uma marreta e colocou explosivos nos caixas eletrônicos. Três equipamentos foram explodidos.
Na sexta-feira, em Jari, na Região Central do Estado, criminosos atacaram duas agências bancárias e uma dos Correios. A cidade possui cerca de 3,5 mil habitantes e não tinha policiamento por volta das 3h30, quando o ataque ocorreu. Banrisul e Sicredi foram os alvos dos arrombamentos.
Casos sem violência
Dois dos casos que os bandidos não usaram da violência para consumar os crimes ocorreram na madrugada dessa segunda. O primeiro foi uma tentativa de arrombamento a caixa eletrônico em Caxias do Sul, nos pavilhões da Festa da Uva. Os criminosos chegaram a a arrastar o equipamento da Caixa Econômica Federal por 50 metros, mas o caixa foi abandonado dentro do próprio parque.
O mais recente foi confirmado nesta manhã, mas ocorreu na madrugada. Funcionários da Caixa Econômica Federal do número 2401 da Avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre, se assustaram ao chegar. O elevador estava trancado por cadeiras e pelo menos um terminal arrombado.
No sábado, criminosos arrombaram na madrugada uma agência do Banco Santander, na rua Paulino Teixeira, no centro de São Sebastião do Caí. O banco fica no número 800 da rua, sendo que a delegacia da Polícia Civil está localizada no número 827.
Período crítico
Conforme a Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o período do final do mês até o dia 10 sempre concentra um número maior nos ataques a banco. A movimentação financeira maior causa isso.
"Consideramos natural. É um período crítico, de altíssima movimentação financeira, que sempre costuma ocorrer várias ocorrências nesse sentido", afirma o delegado Joel Wagner.
Em todo ano, já são 121 ocorrências de ataques contra bancos, conforme o levantamento da Rádio Gaúcha.