A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (25), a segunda fase da Operação Glasnost contra a exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet. Ao todo, são cumpridos 72 mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e dois de conduções coercitiva em 14 Estados do país.
A ação da PF investiga um site russo que era utilizado como "ponto de encontro" de pedófilos de todo o mundo. Foram identificados produtores de pornografia infantil, abusadores sexuais e centenas de usuários brasileiros e estrangeiros que compartilhavam o conteúdo ilícito.
De acordo com a PF, os suspeitos armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e bebês com poucos meses de vidas, alguns deles sendo abusados sexualmente por adultos. As imagens eram distribuídas para contatos no Brasil e no Exterior.
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Desdobramento da primeira fase, deflagrada em novembro de 2013, a Operação Glasnost ocorre no Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Piauí, Pará, em Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, Sergipe e na Bahia.
Além disso, antes de a ação desta terça-feira ser deflagrada, foram cumpridas medidas urgentes em Porto Alegre (RS), Osasco (SP), Presidente Prudente (SP), Vila Velha (ES), Jundiaí (SP), Praia Grande (SP), Campo Grande (MS) e Cachoeira do Itapemirim (ES). Nas cidades, foram identificados casos concretos de abuso sexual de menores de idade, e os abusadores foram presos pela PF.
Em 2013, 30 prisões em flagrante foram realizadas por posse de material contendo pornografia infantil. Na época, foram identificados e presos abusadores sexuais, enquanto as vítimas de cinco a nove anos foram resgatadas.
Nome da operação, Glasnost faz referência ao termo russo que significa "transparência". Segundo a PF, a palavra foi escolhida porque a maioria dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.