O empresário chapecoense Pedro Favero, de 39 anos, foi preso nesta manhã pela Polícia Civil. Ele é o principal suspeito do assassinato da empresária Fabiana Diavan Favero, de 37 anos, encontrada morta dentro de um armário no apartamento da família, em Chapecó, na última quarta-feira.
Favero estava em Foz do Iguaçu, onde tomou um ônibus, acompanhado pela polícia, e viajou até Chapecó. Ele se apresentou ao delegado responsável pelo caso, Rodrigo Moura, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Chapecó, no início da manhã. De acordo com Moura, a polícia tinha recebido informações de que o empresário estava em Foz do Iguaçu e, posteriormente, no Paraguai, e negociou com as polícias locais para que ele fosse procurado e encaminhado de volta à cidade no Oeste catarinense.
O empresário estava desaparecido desde terça-feira, quando Fabiana foi morta. O casal era dono de um estacionamento próximo ao aeroporto de Chapecó. Favero fugiu em um carro de um cliente que estava no local. O carro dele foi encontrado na garagem do prédio em que a família morava.
O corpo de Fabiana foi encontrado na última quarta-feira dentro de um armário que Favero usava para guardar armas no apartamento da família. Ela tinha um corte na gargante e uma perfuração no lado esquerdo do peito. Na noite em que Fabiana foi morta, o filho do casal, de 17 anos, teria dormido em casa, sem saber que o corpo da mãe estava lá.
Moura já ouviu algumas testemunhas do caso, mas ainda não há indícios de qual teria sido a motivação do crime. Nos arquivos da Polícia Civil não há registros de ocorrência de Fabiana sobre o marido.
De acordo com o delegado, a expectativa é de que a investigação seja concluída na próxima semana. Favero deve ser indiciado por homicídio triplamente qualificado – por desproporção entre o motivo e a ação, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio – e por ocultação de cadáver. Por ter se apresentado voluntariamente à polícia, há possibilidade de que ele tenha a pena atenuada ao fim do processo.
Leia mais
Ângela Bastos: "Enquanto as perguntas são feitas, mais um assassinato"
Sozinhas: histórias de mulheres que sofrem violência no campo