Autoridades gaúchas definiram a operação Pulso Firme, que determinou a transferência de 27 líderes de facções para cadeias de fora do Estado, como "marco do enfrentamento ao crime no Rio Grande do Sul".
Em entrevista coletiva no final da manhã desta sexta-feira, na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o governador José Ivo Sartori, saudou a integração com 19 instituições – entre forças de segurança estaduais, federais e de Porto Alegre – e disse que representa uma conquista nacional.
– Este trabalho deve ser contínuo e permanente. Esse é o Estado que a sociedade quer, a serviço das pessoas. Esse será um final de semana diferente para os gaúchos – enfatizou.
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Para o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, a ação desta sexta-feira deve ser comemorada como "um duro golpe na escala mais alta das estruturas criminosas" e citou que o poder público está atento a eventuais reações das facções.
– As instituições estão vigilantes, a sociedade pode confiar.
Titular da Segurança Pública no Estado, Cezar Schirmer, afirmou que a ofensiva foi contra bandidos que matam pais, mães e crianças inocentes. Ainda disse que o ideal seria transferir 200 criminosos, mas 27 são uma mostra da intenção das autoridades e relembrou que 2017 tem importância histórica.
– Tenho convicção de que esse é o ano da mudança na segurança pública. Deus queira que seja exemplo para o Brasil.
Questionado sobre os possíveis represálias das quadrilheiros, o secretário ressaltou que hoje é o "Dia D" e depois haverá o dia "D 1, D 2, D 10".
– Estamos preparados para tudo, para o que der e vier.