Munidos de banners com a imagem do escrivão da Polícia Civil Rodrigo Wilsen da Silveira, 39 anos, familiares e colegas da corporação fazem uma manifestação pedindo mais segurança e a solidariedade da sociedade gaúcha na chegada dos torcedores à Arena do Grêmio na tarde deste domingo (25). Também ocorreu um minuto de silêncio antes da partida entre Grêmio e Corinthians.Os parentes manifestam-se depois da morte do policial durante uma operação, na manhã da última sexta-feira, em Gravataí.
– Queremos chamar a atenção da população para algo muito grave e que atingiu a toda a sociedade, a família gremista e a família da Polícia Civil. O Grêmio era uma das maiores paixões do meu filho. Consideramos importante fazer este alerta aqui – afirma o pai, o assistente administrativo Clóvis Frota da Silveira, 70 anos.
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Rodrigo era sócio do Grêmio e o segundo de três filhos de Clóvis. E tinha na profissão de policial, como lembra o pai, uma vocação.
– Eu e a minha mulher sempre evitávamos falar muito do trabalho dele, pelo risco. Tínhamos medo de que algo ruim pudesse acontecer, mas ele nasceu para isso e sempre foi muito dedicado. Deu a sua vida pela sociedade gaúcha – valoriza.
O escrivão era formado em Direito e especialista em informática. Foi aprovado no concurso da Polícia Civil em 2010 e, em 2012, ingressou na função. Este ano, assumiu a chefia de investigação da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí.
Na manhã de sexta-feira, ele estava em uma das equipes que cumpriam mandados de busca contra traficantes da cidade. Foi atingido por um tiro na cabeça ao ingressar no apartamento da mulher apontada pelos investigadores como a líder do bando. A esposa dele, Raquel Biscaglia, 35 anos, também escrivã, fazia parte da mesma equipe. O marido morreu em seus braços.