O prefeito de Charqueadas, Simon Heberle de Souza, comemorou o fato de o município ter sido escolhido para receber a penitenciária federal. Segundo o chefe do Executivo, somente a construção da unidade, em área de 25 hectares, próximo à RS-401, deve gerar em torno de 300 empregos diretos. Depois, com a prisão pronta, a expectativa é por mais 330 vagas, sendo até 250 de agentes penitenciários.
– Somos o maior complexo penitenciário da América Latina. Ao longo de mais de 40 anos, o município conseguiu transformar os presídios, de certa forma, em algo positivo. Conseguimos tirar frutos tanto pelo aspecto social, gerando empregos, como pela segurança. Não temos um assalto a banco há 20 anos – avalia.
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Segundo o prefeito, o município deve transferir para a União, até a semana que vem, a área para a construção da prisão, que terá investimento R$ 40 milhões e é resultado da adesão ao Plano Nacional de Segurança Pública. A partir dessa transferência, o governo federal teria ainda um ano para começar a construção da cadeia. Sobre as críticas de que a penitenciária seria, na verdade, uma espécie de "cavalo de Troia", por atrair o "escritório" das facções para a região, Simon admite "certo temor".
– O serviço de inteligência do Depen (Departamento Penitenciário) é muito capaz. Já trabalham em outras cidades e estão se aperfeiçoando. Então, eles vêm com essa experiência para nos ajudar – diz, acrescentando que o município chega a ter dificuldades para buscar policiamento devido aos baixos índices de criminalidade.