O vídeo de um homem sendo decapitado em Gravataí, que circula pelas redes sociais, serviu como prova para uma ordem de morte. Em entrevista ao Gaúcha Repórter, o delegado Felipe Borba afirmou que a filmagem foi usada como estratégia para causar temor nos grupos rivais. Conforme o delegado, a ordem para matar o homem pode ter partido de dentro de uma prisão e as imagens comprovariam que os criminosos executaram o serviço. No vídeo, os criminosos dão golpes de machado no pescoço e depois exibem a cabeça do homem.
A polícia ainda não sabe a localização do corpo da vítima e faz diligências, na tarde desta quinta-feira (4). Os criminosos são membros de uma facção do tráfico de drogas, e cometeram o crime por causa de uma desavença com membros de grupo rival na Região Metropolitana.
A investigação ainda apura se há relação do caso com a morte de um outro homem de 30 anos, foi morto com tiros de fuzil, na segunda-feira (1º). Anderson Luciano Melo, foi encontrado na RS-118, no bairro Costa do Ipiranga, com marcas de tiros de fuzil - as mesmas armas mostradas no vídeo.
O caso
Um homem de 47 anos, que cumpria pena no semiaberto e usava uma tornozeleira eletrônica, foi capturada por criminosos em um condomínio fechado de casas no bairro Cadiz, na noite de terça-feira (2). A decapitação foi filmada e agora circula em redes sociais.
Os bandidos estão fardados com roupas camufladas e usam toucas ninja. Eles aparecem armados com fuzis AK47 e 5.56, de fabricação russa e norte-americana. Nas imagens, eles dão golpes de machado no pescoço e depois exibem a cabeça do homem.
Os carros usados no crime foram encontrados pela polícia no município de Cachoeirinha, na madrugada de quarta-feira. O Toyotta Corolla e o Ford Focus foram incendiados pelos assassinos, para tentar dificultar a coleta de provas. Os mesmos veículos estavam equipados com sirenes, e foram flagrados nas câmeras de segurança do condomínio. As imagens também mostram que os assassinos usavam camisetas da Polícia Civil.
A polícia já conhece o nome da vítima. Sabe, também, que o homem é um antigo assaltante de bancos, que já foi um dos mais procurados do Estado, e que havia sido capturado e solto no mesmo dia, em março deste ano, em Gravataí. O nome ainda está sendo preservado.
