Um preso se desvincilhou das algemas e conseguiu fugir da Delegacia de Polícia Pronto Atendimento (DPPA) de Gravataí, na Região Metropolitana, na manhã desta terça-feira (16). Segundo a Polícia Civil, ele saiu correndo pela porta da frente da unidade policial, invadiu o pátio de uma creche, pulou muros de casas e se escondeu em um matagal.
O preso, que havia sido capturado na noite de segunda-feira por estar foragido, era mantido junto a uma barra de contenção, dentro da delegacia, sob supervisão de policiais militares. O comandante do Batalhão da Brigada Militar de Gravataí, tenente-coronel Vanderlei Mayer Padilha, diz que ainda não se sabe como ele conseguiu fugir da atenção dos brigadianos.
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– Estamos apurando como ele fugiu. Sabemos que ele tem uma extensa ficha criminal e que pelo simples fato de ter o desvio de comportamento é considerado perigoso para a sociedade, como qualquer outro delinquente –, comenta o comandante.
A Polícia Civil afirma que as crianças estavam em salas e não chegaram a ter contato com o fugitivo no momento em que ele invadiu o pátio da creche. A instituição fica em frente a uma escola municipal.
A Brigada Militar e a Polícia Civil estão com viaturas e policiais a pé fazendo buscas na região do bairro Parque dos Anjos, onde fica a Delegacia e o local para onde ele fugiu.
O detento não estava na carceragem porque a DPPA de Gravataí está superlotada. Conforme o delegado Volnei Fagundes Marcelo, diretor da 1ª Delegacia Regional Metropolitana da Polícia Civil, não há mais espaço para novos detentos. Há presos no local desde o dia 24 de abril.
– A gente vai administrando com grandes problemas. Estamos aguardando que a Susepe resolva esse problema –, relatou o delegado.
O comandante da BM no município lembra que no momento mais crítico da superlotação da delegacia duas viaturas chegaram a ficar paradas com três presos em cada. Além disso, na segunda-feira, um outro criminoso que havia fugido de um carro da polícia foi recapturado por policiais militares.
A superlotação da carceragem da DPPA, projetada para manter presos por até 24 horas, já causou outras situações de tensão aos policiais. Em fevereiro deste ano, detentos colocaram fogo em papelões e trocaram agressões.