Após várias ações nos últimos dias, o Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) concluiu na madrugada desta quinta-feira (11) uma investigação sobre drogas sintéticas e fechou no bairro Mathias Velho, em Canoas, um dos maiores laboratórios de drogas sintéticas em funcionamento no Rio Grande do Sul. Três homens e uma mulher, integrantes de uma facção criminosa, foram presos.
O delegado Maurício Barison, titular da 4ª Delegacia do Denarc, destaca que os agentes ficaram aproximadamente 12 horas monitorando a movimentação de pessoas e de veículos até invadir o local investigado. O laboratório funcionava em uma casa atrás do HPS de Canoas.
– Este laboratório era um dos principais centros de produção e distribuição de drogas sintéticas do estado do Rio Grande do Sul –, revela Barison.
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Foram apreendidos diversos produtos para fabricação de drogas, como por exemplo, metilenodioximetanfetamina (MDMA - substância psicoativa do ecstasy), molde para produção de comprimidos de ecstasy, álcool isopropílico, benzoquinona, ácido esteárico, balança de precisão, butijão de gás, frascos de cetamina, cloreto de amônia, ácido clorídrico, além de embalagens e diversos potes com pó colorido para os comprimidos de drogas. A polícia apreendeu ainda 12,4 quilos de maconha, celulares e dois veículos.
Tráfico de drogas
O esquema, segundo as investigações, envolvia remessas de substâncias químicas para diversos destinatários, utilizando a entrega pessoal e até postal. Sempre era em quantidades pequenas para não alertar a polícia e responsáveis pela fiscalização dos produtos. Barison diz que o material apreendido poderia render até 50 mil comprimidos de ecstasy, podendo chegar a um valor de R$ 1 milhão. A operação foi chamada de Pai Nosso.