Câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar uma quadrilha composta por mãe, dois filhos e outros dois criminosos que assaltava ônibus desde o final do ano passado na Região Metropolitana. Os investigadores divulgaram algumas das imagens, que mostram a violência dos ataques.
No dia 29 de dezembro do ano passado, o grupo assaltou um coletivo da linha Vila Elza, no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Viamão. Foi o primeiro caso investigado pela força-tarefa da Polícia Civil. Nas imagens, Rita, os dois filhos e o homem preso hoje roubam pertences de todos os passageiros e o dinheiro arrecadado pelo cobrador. O fato ocorreu por volta das 22h.
Em 8 de fevereiro deste ano, os mesmos integrantes da quadrilha assaltaram um ônibus da linha Estalagem em Viamão. No dia 1º de março, em Porto Alegre, os suspeitos atacaram um coletivo da linha Orfanotrófio e, horas depois, outro da linha Cavalhada, ambos na Zona Sul.
Nesta ocasião, o homem preso hoje não participou dos roubos, e um quinto integrante foi flagrado pelas imagens. Neste caso também houve agressão às vítimas.
Já em 10 de março, na RS-040, em Viamão, um ônibus da linha Estalagem foi sequestrado e o motorista obrigado a percorrer cerca de 10 quilômetros por dentro de Alvorada enquanto os passageiros eram assaltados e agredidos.
Em outros casos já atribuídos a esse grupo, a polícia não obteve imagens. No entanto, vítimas foram acionadas e reconheceram na delegacia que foram assaltadas pelos suspeitos presos.
Apontada como líder do grupo e ex-integrante da gangue das gordas, Rita de Cássia Cunha Batista, 41 anos, aparece dando socos, tapas e pontapés nos passageiros. Conforme a polícia, ela também causava pânico ao ameaçar os passageiros com uma arma de fogo em punho. Presa durante a investigação, Rita tem 57 antecedentes policiais por lesões, estelionato, furtos, roubos, tráfico, disparo de arma de fogo, entre outros crimes.
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Os dois filhos dela, Nathan Kaue Cunha Winck, 18 anos, com registros como adolescente infrator, e Kauan Henrique Cunha Batista, 21 anos, com antecedentes por tráfico de drogas, lesão e receptação, declararam em depoimento que eram forçados pela mãe a participar dos roubos. Em um dos assaltos, um deles tentou quebrar o equipamento instalado dentro de um ônibus.
Chamada de Família do Crime, a operação prendeu temporariamente nesta manhã, no bairro Tijucas, em Alvorada, o único integrante que ainda estava solto. O restante foi preso de forma preventiva durante a investigação.