Prestou depoimento na manhã desta quarta-feira na Delegacia de Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o proprietário do sítio, na localidade de Vendinha, em Triunfo, usado no último sábado por criminosos para roubar um helicóptero que havia partido de Canela. A suspeita da polícia é de que o local serviria de ponto de partida para um plano de resgate de presos em algum presídio de Charqueadas.
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O homem já havia procurado a Polícia Civil na segunda-feira e se comprometido a entregar toda a documentação da área, que é dividida com outros proprietários, assim como prestar outras informações aos investigadores. De acordo com o delegado Joel Wagner, a alegação do proprietário é de que a área foi invadida pelos criminosos sem o conhecimento dos donos do sítio, uma vez que ninguém tinha autorização para usar o sítio no último final de semana. A hipótese é apurada pelos investigadores.
– É um local que pode ser locado, mas há bastante tempo isso não acontecia. Mas também não ficava desocupado por muito tempo. O sítio é de uso dos proprietários. Trabalhamos com a hipótese de que alguém que conhecia bem a área e a rotina do sítio possa estar envolvido na escolha e uso desse local para o pouso do helicóptero – afirma o delegado.
Além de pousar a aeronave nesse sítio, os criminosos ainda teriam mantido o piloto preso em um banheiro antes de carrega-lo até a Vila Dique, na zona norte de Porto Alegre, onde foi liberado.
Os últimos contratos de locação do sítio também serão averiguados pela polícia. Segundo o proprietário, recentemente não teria acontecido sequer alguma sondagem de interessados na propriedade rural.
Essa é uma das frentes na investigação do roubo do helicóptero. Por outro lado, a polícia tenta identificar o homem que contratou o serviço de táxi aéreo em Canela, na Serra. Ele usava documentos falsos e já teve sua imagem divulgada no último domingo. Peritos fazem levantamentos de digitais e material genético no interior do helicóptero, que foi recuperado no sítio, e nos objetos deixados para trás pelos criminosos.