A Polícia Civil indiciou os nove presos envolvidos na construção de um túnel para tentativa de fuga em massa do Presídio Central, que atualmente tem o nome de Cadeia Pública de Porto Alegre. O indiciamento é por organização criminosa e facilitação de fuga de presos. A investigação do Departamento Estadual do Narcotráfico segue para chegar até os financiadores e mandantes do esquema. Algumas perícias ainda não foram concluídas. Uma facção criminosa que atua nos presídios do Estado é suspeita de comandar e financiar a ação criminosa. As informações são da Rádio Gaúcha.
Leia mais
Susepe não planeja retomar a guarda do Presídio Central e da Penitenciária Estadual do Jacuí
"Toupeira-mor" que cavou túnel para furtar R$ 200 mi no RS volta a ser preso
Justiça condena Estado a indenizar preso por más condições no Presídio Central
Operação realizada há dois meses pela Polícia Civil descobriu uma casa vizinha ao presídio, na Rua Jorge Luís Domingues, no bairro Aparício Borges, de onde partia o túnel, que já tinha 50 metros de extensão, faltando outros 50 para chegar até o muro da cadeia. Sete homens e uma mulher foram presos no local. Um outro envolvido, suspeito de organizar o esquema, foi preso no mesmo dia, horas depois, em Sapucaia do Sul. Os policiais fizeram 85 campanas próximo à casa usada como ponto de partida do túnel.
Um GPS de alta precisão e uma bússola eram usados para que o túnel fosse escavado na direção certa. Quatro dos oito presos tinham passagens pela Polícia. Homicídio, formação de quadrilha, tráfico de drogas e furto estão entre os crimes que responderam. O restante era visto como "contratados" pela facção para fazer a obra. Pela investigação, a fuga ocorreria numa quinta-feira, que é o dia da semana que a Brigada Militar faz vistoria no pavilhão onde estão os presos pertencentes à essa facção e eles são levados para o pavilhão próximo ao muro onde o túnel estava sendo construído.
*Rádio Gaúcha