A investigação sobre um assassinato brutal em Viamão, na Região Metropolitana, apontou para mais um crime arquitetado de dentro do Presídio Central pelo líder de uma facção criminosa. A vítima, identificada como Alisson Penna, de 18 anos, suspeito de homicídios e outros crimes, foi alvo de vários tiros e teve o corpo queimado ainda vivo no dia 17.
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Conforme a delegada Larissa Fajardo, o motivo da execução foi um desentendimento que a vítima teve com um homem da mesma organização criminosa que ele integrava. O corpo foi deixado no bairro Cecília, em uma área dominada pela facção rival. O objetivo era confundir os investigadores e colocar a culpa no outro grupo.
– Infelizmente não é raro o contato dos presos com o mundo externo à prisão. O incomum neste caso é que a execução foi destinada a membro da mesma organização criminosa – relatou Larissa.
O principal suspeito foi preso pela Delegacia de Homicídios dois dias depois. É um foragido da Justiça por outro homicídio da região. Com ele, foram localizadas 31 balas de ecstasy que seriam vendidas em festas rave em Porto Alegre. Ele tinha duas máscaras para cometer os crimes.
O mandante também será indiciado.O inquérito deve ser finalizado nos próximos dias, após novas perícias solicitadas no carro usado para levar o corpo do local da morte. O veículo, que era roubado, foi desovado e queimado no mesmo bairro do assassinato. A Polícia Civil encontrou o carro no último dia 20.
Sem relação entre os casos
O caso de um outro homem, encontrado dias antes morto e com mãos amarradas também em Viamão, não tem relação com este assassinato, de acordo com a delegada. A Polícia Civil ainda não sabe quem é esta vítima.