Para denunciar abusos sexuais do padrasto, uma menina de 12 anos viajou de carona cerca de cem quilômetros entre duas cidades no norte gaúcho. Ela deixou Marau, onde morava com a mãe e o companheiro dela, no início da tarde de segunda-feira e chegou ao Conselho Tutelar de Soledade, onde se encontrou com uma madrinha, por volta das 17h. A garota contou que os abusos começaram quando ela tinha sete anos e que a mãe se negava a acreditar nas queixas que fazia. Aconselhada pela madrinha, moradora de Soledade, decidiu procurar ajuda especializada.
– Ela chegou aqui (em Soledade) bem abalada, mas hoje (terça-feira) já está melhor – disse a conselheira Noeli Campos de Moraes.
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A menina foi levada até nesta terça-feira à Delegacia de Polícia, onde prestou depoimento, e seguiu para realização de exames. Ela passou a ser acompanhada também por um psicólogo e deve permanecer em Soledade por tempo indeterminado, como medida protetiva.
Segundo Noeli, ao saber que a filha estava no Conselho Tutelar, a mãe entrou em contato dizendo que registraria ocorrência policial por fuga antes de buscá-la. A mãe, então, foi orientada de que a menina não voltaria para casa imediatamente.
O Conselho Tutelar de Marau foi acionado pelo de Soledade para fazer uma visita na casa da mãe e analisar a situação. O caso agora passa a ser investigado pela Polícia Civil, com acompanhamento de conselheiros tutelares das duas cidades.