O secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, confirmou na manhã desta sexta-feira o oferecimento de uma área de 25 hectares, aos fundos da Colônia Penal Agrícola, em Charqueadas, como a adequada a receber o presídio federal no Rio Grande do Sul. A cadeia terá capacidade para receber 220 presos.
A partir de agora, técnicos do Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça vão avaliar a área para aprovação ou não do projeto. A informação foi antecipada na quinta-feira pela Editoria de Segurança de Zero Hora e do Diário Gaúcho. Dezessete cidades gaúchas demonstraram interesse na prisão.
Presente na cerimônia, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, afirmou que o governo federal tem o interesse em uma construção rápida da cadeia.
– Queremos iniciar as obras do presídio o mais rápido possível. Minha meta é entregarmos em um ano – disse.
Leia mais
Prefeituras do Interior fazem "leilão" por penitenciária federal
Para especialistas, construção de um presídio terá "impacto zero"
A prisão que os bandidos temem
O município da Região Carbonífera, distante cerca de 60 quilômetros de Porto Alegre e que já abriga quatro penitenciárias estaduais, preenche a maioria das exigências feitas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para a construção da prisão de segurança máxima.
Entre os requisitos preenchidos por Charqueadas e destacados pelo Piratini, estão o fato de o Estado possuir no município uma área de, no mínimo, 25 hectares, a proximidade de rodovia e de aeroporto com voos comerciais – no caso, o Salgado Filho, em Porto Alegre.
Na mesma solenidade do anúncio da prisão federal, com a presença do ministro Osmar Serraglio, foram entregues 30 novas viaturas para Brigada Militar, Polícia Civil e Susepe. As primeiras 10 viaturas da BM recuperadas pela iniciativa privada de Porto Alegre também foram entregues na Secretaria da Segurança Pública.
A Câmara de Dirigentes Lojistas do município da Região Carbonífera apoia a vinda da unidade de segurança máxima.
– O presídio federal será muito importante para a nossa economia. Vai ser um investimento extremamente positivo para a cidade – opina Nairo Delgado, presidente da CDL na cidade.
Delgado ainda valoriza a geração de empregos desde a fase de construção até a conclusão da construção, com a contratação de agentes prisionais:
– Se nem todos os agentes morarem na cidade, pelo menos metade vai. E vai gastar no município. São servidores com bons salários. Vai movimentar nossa economia – estima.
Ele não se incomoda com a transformação de Charqueadas em um polo prisional.
– O que nos incomoda é o semiaberto. As prisões fechadas nunca foram um problema para a cidade. Ao contrário, acabam atraindo mais investimentos em segurança para nós.