Para a Polícia Civil, o controlador do drone apreendido na parte externa da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) segunda-feira à noite, dificilmente pretendia mapear o local para possível fuga de presos. Além de uma câmera de alta definição acoplada, o dispositivo aéreo carregava seis celulares presos por fios de nylon que tinham o presídio como endereço de entrega.
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Os policiais militares conseguiram impedir a ação, mas não identificaram os responsáveis pela operação malsucedida. Conforme o delegado Marco Aurélio Schalmes, as investigações devem começar pela procura de câmeras de vigilância nos arredores, mas adianta que haverá dificuldades encontrá-los.
– Esses equipamentos podem ser controlados a grandes distâncias, às vezes mais de um quilômetro – comenta.
A câmera de alta definição acoplada ao drone, para o delegado Schalmes, seria utilizada pelo controlador para identificar um local seguro para a pousar o equipamento.
– Inicialmente, não acredito que estivesse sendo feito um mapeamento para possíveis fugas – acrescentou.
Outra forma de chegar a pessoas ligadas à ação seria por meio da identificação dos proprietários dos aparelhos ou dos chips dos celulares, porém, não raramente, esses objetos são frutos da criminalidade.
– A grande maioria dos celulares que entram no sistema prisional são furtados ou roubados, então, dificilmente se conseguirá algum êxito. O máximo que vamos conseguir é encontrar as vítimas – acrescentou o delegado.
Conforme a Brigada Militar, o setor de inteligência estava monitorando o complexo penitenciário havia três meses, quando surgiram informações de que drones estariam sendo utilizados para colocar celulares dentro dos presídios. Na segunda-feira, um PM que passava pelo entorno das guaritas 3 e 4 avistou o equipamento no chão, a cerca de 10 metros do muro da Pasc.