Mais de 11 mil armas apreendidas por órgãos de segurança pública e pelo Judiciário foram incineradas pelo Exército, na Siderúrgica Gerdau, em Sapucaia do Sul, na manhã desta quinta-feira.
Foram destruídas cerca de 6,6 mil armas de fogo – entre as quais, 4,4 mil revólveres de diferentes calibres, 450 pistolas, dois fuzis e até algumas de fabricação caseira – e 4,4 mil das chamadas armas brancas, como facas, facões e foices.
A maioria foi apreendida com autores e suspeitos de crimes pelas polícias Civil e Militar.Antes da incineração, o armamento foi parcialmente destruído no quartel do 3º Batalhão de Suprimento, em Nova Santa Rita.
De acordo com o comandante da unidade, tenente-coronel Ernesto Dutra, nesta primeira etapa, os componentes metálicos foram amassados com o uso de uma prensa hidráulica, e os demais, queimados.
Para a destruição completa, um grande aparato foi mobilizado. O transporte foi feito em uma carreta de 20m de comprimento por 2m de largura, escoltada por militares da 1ª Companhia de Guarda. Cerca de 20 pessoas trabalharam na operação.
Na siderúrgica – que mantém parceria com o Ministério da Defesa desde a implantação do Estatuto do Desarmamento, no final de 2003 –, as peças foram retiradas do veículo por magnetismo, com o uso de imã gigante, e despejadas em um forno, para serem fundidas a uma temperatura de 1.600ºC.
– O objetivo é evitar qualquer tipo de reaproveitamento deste material enquanto armamento – explicou o tenente-coronel Dutra.
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De acordo com levantamento do Exército, desde que o Estatuto do Desarmamento passou a vigorar, no final de 2003, cerca de 200 mil armas já foram destruídas no Estado. Neste ano, foram cerca de 18 mil.