Correção: o júri foi remarcado para 16 de setembro, e não 16 de agosto, como informado até as 15h. O texto já foi corrigido.
Uma sessão do Tribunal do Júri marcada para as 9h30min desta terça-feira, em Porto Alegre, foi cancelada porque uma facção criminosa que atua dentro de presídios impediu que o réu fosse levado pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). As informações são da Rádio Gaúcha.
O preso Arílson Luiz de Oliveira seria julgado na 1ª Vara do Júri por dupla tentativa de homicídio. A Susepe esteve no Presídio Central, administrado pela Brigada Militar, para fazer o deslocamento, mas não conseguiu levá-lo para o Fórum porque os criminosos que integram a facção impediram que o acusado saísse da galeria. O Judiciário foi comunicado sobre o caso.
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Em despacho, a juíza presidente da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Taís Culau de Barros, citou que, "embora tenha sido intimado, o réu não foi conduzido pela Susepe sob alegação de que os apenados da facção 'Bala na Cara' teriam se recusado a sair da galeria. Dessa forma, estando o réu preso e não tendo sido conduzido, impossibilita a realização da sessão".
O promotor do Ministério Público Eugênio Amorin, que iria atuar na sessão, taxou a situação como fracasso. Segundo ele, o fato de hoje exemplifica como o Estado não tem o mínimo controle dos presídios.
"A facção 'os Bala na Cara' impediu o deslocamento do réu e não houve autoridade pública da Susepe para ingressar nas galerias e levar o réu coercitivamente. É o fracasso das instituições. Nós somos dominados e não dominamos. Quem manda no sistema prisional são os criminosos e não as autoridades. Alguma coisa tem de ser feita, imediatamente", desabafou.
Com o cancelamento, o júri foi remarcado para o dia 16 de setembro, às 9h30min.
*Rádio Gaúcha