Segurança

Jovem executado

Assassinato no aeroporto teria ligação com relacionamento reprovado por facções rivais da Capital

Marlon Roldão Soares, 18 anos, morava em território dominado pela facção Anti-Bala e estaria namorando garota que, suspostamente, vive em região controlada pelos Bala na Cara na Vila Jardim

Schirlei Alves

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Última foto postada por Marlon em seu perfil no Facebook, na noite de domingo

Marlon Roldão Soares, assassinado com mais de 15 tiros no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, havia completado 18 anos nesta segunda-feira. Ele comemorou a chegada à maioridade por meio de mensagem registrada no perfil do Facebook durante a madrugada: "Parabéns pra mim 1.8", escreveu em caixa alta.

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O post na rede social começou a repercutir com comentários de felicitações. Mas logo após o jovem ter sido executado no Terminal 2 do aeroporto, os recados se multiplicaram em pesares.

– Por que se foi irmão? Quantas saudades vai deixar aqui, não entendi porque teve que partir – escreveu uma colega.

Pessoas que não conheciam o garoto se sensibilizaram com a repercussão do caso e também deixaram recados no perfil dele.

– Não te conheço mas quero que tu descanse em paz. E que Deus conforte teu coração – desejou uma internauta.

A reportagem apurou que uma das motivações investigadas pela polícia seria o domínio das facções na vida dos moradores da Vila Jardim, inclusive quanto aos relacionamentos amorosos das pessoas que residem nos territórios tomados pelos bandos.

Marlon morava em uma área do bairro dominada pela facção criminosa Anti-Bala e estaria namorando uma jovem que, supostamente, vive em outra região do mesmo bairro, controlada pela facção Bala na Cara.

O garoto teria recebido recado de parentes da menina avisando sobre o perigo. O simples fato de morarem em regiões dominadas por criminosos rivais pode ter resultado na execução.

Marlon não tinha antecedentes criminais. A polícia investiga se pessoas do convívio dele teriam alguma relação com o crime.


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