Um novo episódio do caso Mineia Sant Anna Machado, 39 anos – funcionária do aeroporto Salgado Filho morta em um assalto em junho deste ano –, foi revelado na manhã desta sexta-feira.
Conforme a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP), um adolescente de 16 anos não é o único responsável pelo latrocínio, como afirmavam os acusados. Jhonny Maicon Camargo, 32 anos, também auxiliou na sessão de tortura na qual a vítima foi submetida. As informações são da Rádio Gaúcha.
Leia mais:
Reconstituição reforça hipótese de participação dos dois suspeitos no assassinato de funcionária
Família relata que Mineia estava sendo assediada antes de ser morta
VÍDEO: câmeras mostram abordagem a mulher sequestrada no aeroporto
Suspeitos de matar sequestrada agiram "com requintes de crueldade", diz delegado
Mineia, que trabalhava como funcionária terceirizada da Infraero, foi rendida no dia 12 de junho no estacionamento do aerporto por dois homens para roubar seu carro, um Uno bordô, ano 1996. Eles a levaram a um matagal, às margens de uma estrada vicinal à BR-386, em Montenegro, onde a assassinaram brutalmente.
Perícia
A análise do IGP, a partir dos ferimentos no corpo da vítima, mostram que uma chave de fenda foi usada para executar a vítima. O homem segurava a chave no pescoço da vítima enquanto o adolescente pisava no instrumento com o objetivo de perfurar o corpo de Mineia. Um aparelho de choque também foi usado para torturar a funcionária do Salgado Filho. A vítima não foi violentada sexualmente.
De acordo com a apuração, o adolescente aparentava uma índole mais perversa. Já o carro da vítima foi levado pela dupla para realizar roubos na região do Vale do Taquari. Para o delegado Cléber Ferreira, responsável pela investigação, foi descartada totalmente a hipótese de um familiar de Mineia estar envolvido no crime.
Processo
Com esta nova versão, o processo judicial em relação a Jhonny pode ser alterado. Ele responde apenas por roubo, ocultação de cadáver e corrupção de menor. O adolescente responde pelo ato infracional de latrocínio e ocultação de cadáver.
A Justiça não aceitou denúncia contra a companheira de Jhonny por entender que não tinham elementos suficientes para comprovar a participação dela. O adulto está preso e o adolescente detido na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase).