A chamada operação-padrão dos servidores da segurança pública - que ocorre em razão de mais um parcelamento de salários - restringe serviços em delegacias de Porto Alegre. A Rádio Gaúcha esteve em quatro DPs da Capital nesta segunda-feira (1º). Na 2ª delegacia, os servidores registram apenas casos que envolvam crimes, segundo o delegado Cézar Carrion.
"Eu falei com os servidores e existe bom senso. Casos criminais são registrados. Já os não criminais, há uma orientação para fazer o registro pela internet, como perda de documentos, por exemplo", destaca.
No entanto, o arrombamento de um imóvel não foi registrado no fim de semana na 2ª DP. A mesma situação ocorre na Área Judiciária do Palácio da Polícia.
Já na 1ª DP e na Delegacia da Mulher, todos os registros estão sendo feitos. Por telefone, a Rádio Gaúcha entrou em contato com outras cinco delegacias. Segundo os servidores que atenderam às ligações, o atendimento é normal na 6ª, 7ª, 9ª, 11ª e 13ª DPs.
O que diz a Polícia Civil
Em entrevista à Gaúcha, o delegado Emerson Wendt, chefe de Polícia do RS, afirmou que por enquanto o atendimento à população segue normal, mas que as reuniões de classe da categoria, marcadas para o próximo dia 4, costumam influenciar os servidores.
"Não tivemos nenhum conhecimento de que tenha ocorrido desatendimentos no final de semana. Estamos contando com o senso de responsabilidade de policial para realizar pelo menos o serviço básico".
Questionado sobre relato de pessoas que teriam tido atendimento negado nas delegacias no sábado e no domingo, Wendt disse não houve orientação para não registrar ocorrências e que situações como essa devem ser comunicadas à corregedoria de Polícia.
"Entendemos a situação, mas não podemos deixar a sociedade desatendida".