O local onde Hergio Luiz Stenger, 51 anos, foi baleado e morto na noite de domingo foi também alvo de um arrombamento semanas antes. O comerciante, que levou um tiro na cabeça de dois assaltantes quando saía de casa para trabalhar, por volta das 23h30min, tinha tido sua residência invadida por criminosos recentemente.
– Acreditamos que ele estava sendo visado, pois há pouco tempo entraram na casa e levaram todo o dinheiro que ele tinha lá. Eles sabiam o horário que ele sai para o trabalho, que ele leva dinheiro junto para comprar produtos – relata a irmã da vítima, a administradora Sandra Regina Stenger, de 50 anos.
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Stenger teve a vida interrompida quando começava uma rotina que repetia há mais de 20 anos. Diariamente, o comerciante saía de casa, na Rua Jacinto Gomes, bairro Santana, no início da madrugada para ir à Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa) comprar os produtos que abasteceriam as bancas de verduras que gerenciava no centro da cidade.
– Desde que nosso pai adoeceu, ele era quem fazia isso. Ele passava o dia nas bancas. O Hergio era uma pessoa muito comprometida, principalmente com o trabalho – conta Sandra.
Na noite de domingo, o comerciante foi abordado por uma dupla de criminosos, que dispararam contra sua cabeça e fugiram do local sem levar nada. Hergio foi encaminhado ao Hospital de Pronto-Socorro, mas não resistiu ao ferimento e morreu horas depois.
O comerciante tinha dois filhos, de 29 e 26 anos, fruto de um primeiro casamento, e aguardava o nascimento do terceiro. Considerado um homem responsável e dedicado à família, ele havia dedicado a vida ao trabalho e aos filhos:
– Desde pequeno, ele sempre acordava muito cedo, se arrumava e saía com um tio nosso para acompanhar no trabalho. Ele sempre foi um cara muito amigo, parceiro.
Ainda não há informações sobre o local onde o corpo será velado.