A Justiça determinou a liberdade do servidor público de 46 anos suspeito de espancar até a morte Margarete Lopes Rodrigues, de 48 anos, em Cachoeira do Sul, na Região Central. O crime aconteceu no dia 10 de março.
Roberto Vanderlei Luiz Bica foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio duplamente qualificado e denunciado pelo Ministério Público por feminicídio. Ele estava preso preventivamente em Cachoeira do Sul desde março.
No despacho do alvará de soltura, a Justiça aponta que ele era réu primário (esse era o único crime que ele havia cometido na vida), tem emprego, endereço fixo e não representa risco à população. Ou seja: não haveria razão para mantê-lo preso e vai responder pelo crime em liberdade.
Por meio de câmeras de segurança de um estabelecimento que fica na Rua Aparício Borges, onde aconteceu o crime, a polícia constatou o momento em que Bica começou a agredir Margarete. Os dois estavam dentro de um carro. A agressão se estendeu por pelo menos seis minutos.
A Polícia Civil ainda não tem esclarecida a motivação para o crime. Os dois, que são amigos de infância, tinham ido até um bar, onde consumiram bebida alcoólica com outros amigos. Depois, no carro, as imagens das câmeras mostraram que eles fumavam dentro do carro e, “do nada ele começa a dar socos nela”, diz o delegado José Mota, responsável pela investigação. A suspeita é que ele tenha tentado abusar sexualmente da vítima.
Violência contra a mulher
De acordo com o Instituto Avante Brasil, uma mulher morre a cada hora no país. Quase metade são dolosos (com intenção de matar) em casos de violência doméstica ou familiar por meio do uso de armas de fogo. 34% são por instrumentos perfuro-cortantes (facas, por exemplo) e 7% por asfixia decorrente de estrangulamento. São os mais comuns.
