Operação conjunta do Ministério Público Estadual e a Polícia Civil prendeu, nesta manhã, o delegado da Polícia Civil Eduardo Moraes, plantonista da Delegacia da Pronto Atendimento de Alvorada, na Região Metropolitana.
O delegado é suspeito cobrar valores de presos em flagrante e de familiares de presos para que não realizassem os atos ou sob o pretexto de fiança, apropriando-se indevidamente de quantias. Moraes foi preso em casa, na zona sul da Capital, e levado para a Corregedoria da Polícia Civil.
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Também foram presos outros dois policiais civis. A advogada Graziele da Silva Batista e o ex-policial militar Antônio Vergílio Fortes Martins estão foragidos. São cumpridos, ainda, nove mandados de busca e apreensão.
As investigações, iniciadas em maio deste ano, dão conta que o grupo cobrava valores acima da fiança e se apropriavam do excedente. O ex-PM e a advogada ficavam do lado de fora da Delegacia, fazendo o intermédio da cobrança junto aos familiares dos presos. A cada plantão, estima-se o lucro de R$ 2 mil a R$ 5 mil.
São realizados em média dois plantões por semana. Além disso, eles consultavam indevidamente o sistema restrito à segurança pública para verificar se determinado veículo poderia ser indevidamente restituído, clonado ou adulterado, bem como avisavam a terceiros sobre eventuais investigações policiais em andamento. Os fatos ocorreram na Delegacia de Pronto Atendimento de Alvorada, pelo menos entre março e junho de 2016.
Os crimes imputados são: concussão (exigência de indevido valor em razão da função pública), organização criminosa, violação de sigilo profissional e usurpação da função pública.
As penas poderão ser fixadas entre sete anos e seis meses a 23 anos de reclusão, além de multa e perda do cargo público. O MP também apura a ocorrência de atos de improbidade administrativa, o que poderá resultar aos investigados na fixação de multa, proibição de ser agente público e perda dos cargos.
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