Ao longo do final de semana a investigação sobre a morte de um PM em um ônibus na zona sul de Porto Alegre passou por reviravoltas a partir da prisão de um jovem na rodoviária da capital, quando tentava fugir para o interior do estado. William Eduardo Ferreira Rodrigues, de 23 anos, admitiu participar do crime, mas negou ser o autor dos disparos.
Em depoimento, ele apontou outros três suspeitos do crime que já tem prisão preventiva decretada, são procurados pela Polícia Civil já na condição de foragidos. Há informação de que podem ter fugido para Santa Catarina. A partir do depoimento de William, que já está no presídio Central, dois suspeitos presos na semana passada foram soltos pela Justiça.
Segundo o depoimento prestado pelo rapaz, a morte do PM Márcio Ricardo Ribeiro não foi premeditada e a escolha do ônibus a ser assaltado foi aleatória. Depois da prisão temporária dele, a polícia pediu a liberação dos dois homens presos em flagrante na última quinta-feira. A solicitação foi aceita pela Vara de Execuções Criminais (VEC) do Foro Central.
Durante a madrugada, a polícia recebeu a informação de que um deles estaria escondido na casa da irmã, próximo a Viamão, porém ele conseguiu escapar. A delegada Áurea Regina Hoeppel, responsável pelas investigações, comparou as imagens das câmeras de segurança com a do novo suspeito. A confusão foi provocada por uma tatuagem de escorpião que ambos têm em comum no pescoço, mas com uma pequena diferença no desenho, que segundo ela, já havia despertado a atenção dos investigadores.
Entenda o caso
Márcio Ricardo Ribeiro foi atingido por sete disparos, sendo que seis acertaram o colete à prova de balas e um deles atingiu fatalmente a cabeça. O ônibus da linha Itapuã estava na Avenida Juca Batista, no Bairro Hípica no momento dos disparos. Por volta das 23h, dois suspeitos foram detidos na Lomba do Pinheiro, zona leste de Porto Alegre. Eles foram reconhecidos por testemunhas, por meio de imagens.
Veja imagens da ação dos bandidos dentro do ônibus: