Os ocupantes do Movimento Saraí que ocupam prédio na esquina da Rua Caldas Júnior com Avenida Mauá, centro de Porto Alegre, terão que deixar o imóvel em no máximo uma semana, após decreto que transformou a área como bem de interesse social. A informação foi confirmada pela Secretaria de Habitação e Saneamento do Rio Grande do Sul. O imóvel é ocupado por 40 famílias há um ano. Se as famílias não deixarem o local, o Estado pedirá reintegração de posse.
"Os moradores devem sair em uma semana. Se isso não acontecer, entraremos com a reintegração de posse," disse o Secretário de Habitação e Saneamento, Marcel Frison.
O prédio é histórico e foi declarado como bem de interesse social através de decreto. Como a área virou pública, o Estado terá que cumprir as políticas habitacionais. Dessa maneira, serão contempladas pessoas que estão em uma lista que precisam ser assentadas. O imóvel terá que passará por uma reforma, e os apartamentos vendidos. A secretaria afirmou que programas do governo federal. como o Minha Casa, Minha Vida, vão auxiliar estas pessoas na hora da aquisição.
A Rádio Gaúcha esteve no local para conversar com integrantes do movimento, nesta terça-feira (08), porém, sem sucesso. As famílias que ocupam, atualmente, o imóvel têm o destino incerto. O Secretário de Habitação e Saneamento, Marcel Frison, afirmou que nenhuma família será abandonada pelo Estado. Algumas serão priorizadas, mas eles terão que se encaixar na política de prioridades do governo para ter direito de um espaço no imóvel. Algumas, já estão na fila de espera.
"Vamos fazer o cadastro das famílias, e estamos negociando com a prefeitura de Porto Alegre para que sejam incorporadas no aluguel social algumas delas, com mais urgência, para ter onde morar. As famílias sabem que tem que sair", detalhou o secretário. Os ocupantes do movimento Saraí são ligados ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia.
Prédio fez parte de plano de assalto
Gaúcha
Movimento social terá uma semana para desocupar prédio no centro de Porto Alegre
Imóvel passará por reintegração de posse caso o imóvel não seja liberado pelos moradores
Emanuel Soares
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