Os ativistas presos ontem em uma operação da polícia do Rio de Janeiro serão transferidos neste domingo (13) para um Complexo Penitenciário em Bangu, na zona oeste carioca. O grupo teve prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça, suspeitos de preparar atos violentos em protestos.
Entre os presos está a ativista gaúcha Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho. Acusada de liderar os ativistas, ela foi presa na casa do namorado, no centro de Porto Alegre.
As prisões também ocorreram no Rio de Janeiro e em Búzios. Segundo a polícia, foram apreendidas máscaras, gasolina, arma de choque, um revólver, artefato explosivo, sinalizador, droga, computadores e aparelhos celulares. Vinte e cinco delegados e 80 agentes de diversas delegacias especializadas participaram da ação que contou com o auxílio de um helicóptero.
Os mandados de prisão temporária por cinco dias foram expedidos pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal da Capital, e dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude. O grupo foi enquadrado por crime de formação de quadrilha armada, com pena prevista de até três anos de reclusão. Nove pessoas estão foragidas.
O chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Fernando Veloso, informou em entrevista concedida ontem que a quadrilha pretendia praticar atos violentos neste final de semana, quando termina a Copa do Mundo. Segundo ele, provas colhidas ao longo das investigações e também nesse sábado "evidenciam que esse grupo estava se mobilizando para praticar atos de violência".