Casal suspeito de mandar matar advogado é preso em Engenho Velho

Um casal suspeito de mandar matar o advogado Claudiomiro Antonio Romansin, 41 anos, foi preso preventivamente. A viúva e o atual companheiro teriam encomendado o crime, que teve a participação de outras cinco pessoas.

O advogado foi ferido por quatro disparos na manhã do dia 11 de julho, no escritório onde trabalhava, em Constantina, no norte do Estado. Conforme a investigação da Polícia Civil, o crime teria sido motivado por questões financeiras. O casal foi preso no final da tarde de terça-feira, na casa onde morava em Engenho Velho.

Segundo o delegado Adilson José da Silva, titular da delegacia de Constantina, o advogado e Ione Maria Guimarães, 43 anos, moravam juntos há 20 anos e tinham dois filhos, uma criança e um adolescente, mas não eram casados. A suspeita da polícia é que a mulher tenha iniciado o relacionamento com o atual companheiro, Marcelo Ezequiel Haack, 33 anos, antes da morte de Romansin.

O casal teria encomendado o crime por intermédio de um amigo, Fábio Luis Rodrigues, 29 anos, morador de Ronda Alta, e de um detento do presídio de Montenegro, Edson Cabral, 34 anos. O delegado explica que o preso teria indicado um casal de São Leopoldo para planejar o homicídio. Segundo a polícia, Adelar Gass, 38 anos, e Pâmela Rafaela de Souza Finotti, 18 anos, traficavam drogas na cidade. O crime teria sido executado por um adolescente, de 17 anos, que também atuaria como traficante no município do Vale do Sinos.

- O casal e o adolescente viajaram de São Leopoldo para Ronda Alta, onde ficaram na casa de Rodrigues, e passaram dois dias na região arquitetando o crime. No primeiro dia eles teriam vindo a Constantina para estudar o local e no outro para executar o crime - explica o delegado, após quatro meses de investigação.

Hoje Cabral cumpre pena no presídio de Caxias do Sul. Ele teria recebido cerca de R$ 10 mil para intermediar o crime, conforme a polícia. A mesma quantia teria sido paga ao casal de São Leopoldo e outros R$ 5 mil ao adolescente.

A viúva e o companheiro prestaram depoimento na delegacia de Constantina na terça-feira e negaram a participação crime. Conforme Silva, eles também afirmaram que o relacionamento começou depois da morte do advogado. Os dois foram encaminhados ao presídio de Sarandi.

A dupla e os outros cinco envolvidos no crime foram indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa, que têm penas de 12 a 30 anos de prisão. Os dois intermediários e o casal que teria planejado o crime estão presos preventivamente. Já o adolescente está internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Passo Fundo.

Em depoimento, de acordo com a polícia, Rodrigues negou a participação no crime e Cabral preferiu permanecer em silêncio. Já o casal e o adolescente de São Leopoldo confessaram a ação.