Antenor Signor, Adelar Signor e Odirlei Fogalli foram presos em Rondinha na última quarta-feira, na Operação Leite Compensado. Eles estavam no Presídio Estadual de Sarandi mas foram liberados porque colaboraram com as investigações. O trio recebeu o benefício da delação premiada. Segundo o promotor Mauro Rockenbach, os três deram detalhes de como a fraude funcionava.
- Contaram todo o crime e suas circunstâncias e confirmaram a adulteração do leite com adição água e ureia. Também confirmaram que obtiveram a fórmula antes mesmo de começar a fazer o transporte para a Confepar e depois, já contratados pela cooperativa paranaense, o próprio representante dessa cooperativa ofereceu a formula e incentivou a utilização, diz o promotor do Ministério Público.
Com a delação premiada, é possível responder ao processo em liberdade e ainda receber outros benefícios, como redução da pena no caso de condenação. Segundo o promotor, eles admitiram transportar mais de 500 mil litros de leite para o estado do Paraná - quase todo adulterado. Em depoimento, todos os até então suspeitos admitiram participação no esquema que adicionava água e ureia no leite.
O Ministério Público não encerrou as investigações. Na primeira semana de junho se inicia a terceira fase da Operação Leite Compensado - 14 pessoas foram presas nas duas primeiras etapas e cinco já foram liberadas.