Entre junho e julho de 2019, o levantamento Um Novo Olhar para a Saúde do Homem, realizado pela revista Saúde e pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, ouviu 2.045 homens de todas as regiões do Brasil a respeito da percepção sobre a saúde. A pesquisa fez 43 perguntas, algumas das quais são apresentadas nesta reportagem.
Os números ajudam a entender por que, no Brasil, os homens vivem em média de cinco a sete anos a menos do que as mulheres. E as mortes não estão relacionadas apenas às de causas violentas. Câncer, doença cardíacas, diabetes e suicídio estão entre as razões. Para piorar, visitam o médico, por questões de prevenção, aproximadamente metade das vezes do que as mulheres. É por isso que campanhas como o Novembro Azul existem e são incentivadas.
— Falta uma política de saúde para homens no Brasil. Está provado que esse tipo de ação funciona, basta ver os casos de mulheres e crianças, que contam com projetos especiais, no caso das mulheres até uma Secretaria. A menina sai do pediatra para um ginecologista, existe essa cultura. O homem, quando sai do pediatra, não tem o costume de procurar um urologista — analisa o coordenador do departamento de uro-oncologia da Sociedade Brasileira de Urologia, Wilson Busato.
Veja o que diz a pesquisa:
Mais da metade do público não tem convicção de que se encontra com uma boa saúde cardiovascular, dado que deve ser lido tendo em vista que acima de 40% dos respondentes não costumam passar por exames cardiológicos.