O que é?
O teste do pezinho consiste na coleta de gotas de sangue tiradas por meio de um pequeno furo no calcanhar do bebê.
Por que no pé?
É o local de mais fácil coleta, além de ser uma região com um grande volume de vasos sanguíneos.
Qual a importância?
É responsável por diagnosticar doenças graves e de alta mortalidade que podem comprometer o desenvolvimento cognitivo da criança.
Pode ser refeito?
Sim, para mais observações caso seja constatado algum tipo de doença. Se necessário, uma coleta normal de sangue também pode ser feito com brevidade para confirmar a suspeita.
Quais os riscos de não fazer o exame?
O teste do pezinho é imprescindível para o diagnóstico precoce de doenças. Se não for feito, pode retardar o tratamento de enfermidades que podem acarretar na morte do bebê.
Que doenças são essas?
O exame disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) permite assinalar seis:
- Fibrose cística, que acomete órgãos como o pulmão e pâncreas aumentando a chance de infecções e desnutrição.
- Anemias hereditárias, com redução dos glóbulos vermelhos do sangue, o que afeta o transporte de oxigênio.
- Hipotireoidismo congênito, que quebra a capacidade de produção de hormônios tireoidianos provocando retardo mental e falha no crescimento.
- Hiperplasia adrenal congênita, que diminui a produção de hormônios críticos à sobrevivência e eleva a produção de testosterona determinando alterações genitais.
- Fenilcetonúria, que dificulta a transformação do aminoácido tirosina. A ausência dele pode acarretar em retardo mental.
- Deficiência de biotinidase, a falta da vitamina biotina, o que pode provocar convulsões, fraqueza muscular e baixa imunidade.
Quando deve ser feito?
O teste é feito entre o terceiro e o quinto dia de vida da criança.
Junho Lilás
Em 6 de junho, celebrou-se o Dia Nacional do Teste do Pezinho. A data, promovida pelo União dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal do Brasil e pelo Ministério da Saúde, serve para reforçar a importância do exame e lançar a campanha do Junho Lilás.
Fontes: Juliana de Castro Dill, pediatra e neonatologista do Hospital Mãe Deus, e Cristiane Kopacek, médica da Santa Casa e do Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul