O que é?
É uma inflamação na chamada conjuntiva, membrana externa que recobre a parte branca dos olhos (globo ocular) e o interior das pálpebras.
Quais os tipos?
- Infecciosa – Causada por microrganismos como bactérias, vírus e fungos (este último, mais incomum). Os sintomas compreendem inchaço, vermelhidão nos olhos, lacrimejamento e secreção (pus).
- Alérgica – Consequência de uma reação a algum tipo de poeira ou pólen presente no ar. As partículas podem provocar uma irritação no local e sintomas como coceira, vermelhidão (mais rosada) e lacrimejamento.
- Tóxica – Quando os sintomas (irritação, vermelhidão e lacrimejamento) são provocados pelo contato do olho com algum medicamento (colírio, por exemplo) ou substâncias químicas. Por isso, a automedicação deve ser evitada.
Quais os sintomas?
Variam de acordo com os tipos, mas vermelhidão, lacrimejamento e inchaço dos olhos estão presentes em todos os casos.
Quanto tempo dura?
Varia conforme o tipo. Pode ocorrer durante três dias ou, em casos mais graves, chega a durar duas semanas.
"Areia nos olhos"
É muito comum ouvir essa frase em indivíduos com o quadro. Devido ao inchaço, a conjuntiva torna-se mais áspera, o que explica a sensação.
Como é o tratamento?
Consiste na aplicação de colírios lubrificantes e compressas geladas para aliviar o inchaço. Orientações também são repassadas aos pacientes para impedir a contaminação de outras pessoas.
É contagiosa?
Sim, mas apenas a infecciosa. Os microrganismos podem estar tanto em partículas do ar quanto em objetos contaminados. Ao coçarmos os olhos, depositamos vírus ou bactérias na região provocando a conjuntivite.
Como evitar a transmissão?
Profissionais indicam a limpeza das mãos com água e sabão e, principalmente, que evite o contato com objetos contaminados como tolhas copos, entre outros.
E se não for tratada?
Embora a conjuntivite seja uma doença que desaparece com o tempo (autolimitada), o tratamento é importante para evitar sequelas que podem acarretar na perda da visão.
No inverno, tende a aumentar?
Assim como os resfriados, que ganham força no inverno, as conjuntivites podem aumentar sua incidência pelo maior contato entre as pessoas em ambientes fechados e pela maior circulação de vírus e bactérias.
Cuidado com as lentes de contato
Pessoas que usam estão mais suscetíveis à conjuntivite. É possível que as lentes contenham bactérias e provoquem microlesões que podem evoluir para inflamações. Para quem usa, é importante manter consultas periódicas ao oftalmologista.
Fontes: Alexandre Marcon, chefe do serviço de Oftalmologia da Santa Casa, e Otávio Magalhães, preceptor do setor de Córneas e Doenças Externas do Hospital Banco de Olhos.