Não pense que descontar emoções em comida necessariamente significa ter compulsão alimentar, um transtorno previsto no DSM, a bíblia da psiquiatria mundial com todas os doenças mentais catalogados pela medicina.
A compulsão alimentar, que pode ser periódica, costuma surgir no fim da adolescência, sobretudo em mulheres. Há fatores genéticos e sintomas específicos: a pessoa come tudo o que está pela frente, não sente saciedade e tem muita culpa após a ingestão. Outros transtornos psiquiátricos podem estar associados, como bipolaridade, ansiedade e depressão. Na fome emocional, come-se um alimento desejado, há uma grande satisfação e a pessoa, por fim, não tem mais vontade de comer.
Também é diferente ter o desejo de uma refeição em específico em comparação a descontar a emoção na comida.
— Uma coisa é esperar pela lasanha da vó no fim de semana. Outra é comer uma lasanha congelada em casa por uma vontade incontrolável. Quando há impulsividade, o indivíduo está descontando na comida. Senão, é um desejo — salienta a nutricionista Aline Quissak, especialista em psicologia da nutrição e em síndrome metabólica.
A conclusão que fica é: se comer é um dos prazeres da vida, aproveite. Mas faça com moderação.
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