— 65% das pessoas têm obesidade ou sobrepeso no país. 40% da nossa população é sedentária, não pratica exercícios — disse ele. — Pessoalmente, acredito que essa é uma política que pode produzir bons resultados. Acho que vamos caminhar nessa direção. Estamos avaliando.
Ainda segundo o titular da pasta, 20% do açúcar consumido vem de produtos industrializados — argumento levantado por quem defende a indústria do refrigerante. A maior porcentagem vem do “açucareiro”, que fica à disposição para ser acrescentado no cafezinho ou durante o preparo da comida. Por isso, outras alternativas vem sendo desenvolvidas pelo ministério, como parcerias com escolas públicas e privadas para o estímulo a refeições mais saudáveis.
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— Nós faremos todas as medidas necessárias para diminuir a obesidade. Esta é apenas uma delas. Essas questões são muito amplas. Só isso (o aumento do imposto) não resolve todo o problema.
Em outubro, a OMS sugeriu aos países que elevassem em 20% o preço do produto. Sobre o valor da tributação, Barros afirmou que isso ainda será analisado tecnicamente.
— Isso pode variar muito. Estou pedindo a descrição do processo para podermos debater melhor tecnicamente.
A equipe técnica do ministério realizou um primeiro levantamento sobre a carga tributária e, agora, se dedica a ouvir grupos envolvidos, como o setor de alimentos e as associações que lutam por melhoria dos hábitos alimentares de brasileiros, para finalizar a proposta de mudança. Como parte dessa agenda, o ministro deve se encontrar com representantes de pequenos fabricantes.
Confira o áudio da entrevista na íntegra: