Paula Minozzo
Meu amigo Claudio foi uma das primeiras pessoas a saber da morte da minha cachorra. Ele dava aula naquela manhã de sexta-feira quando liguei. Conta que, antes de explicar ao seu aluno o motivo do telefonema urgente, perguntou:
– Você tem cachorro?
Esse detalhe da história me fez perceber o quão essencial era essa pergunta antes de contar a qualquer pessoa sobre a perda da Chloe, minha cadelinha de seis anos. Ela se foi de maneira súbita, após ficar apenas um dia internada no hospital veterinário. Meus amigos próximos compreenderam o momento, deram força, mas na verdade, nem eu conseguia dar sentido à intensidade daquela dor. Era difícil validar aquele sentimento, ficava insegura ao me expressar. Comecei a procurar mais sobre o assunto: afinal, por que essa perda é tão dolorida?
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