No último dia do ano, ficamos todos mais reflexivos. Por isso, desta vez, minha dica para a virada não será de viagem ou de restaurante. Quero falar de algo essencial para toda a vida e, principalmente, quando estamos "na folga". Quero destacar o que acredito que nos traz felicidade e bem-estar em momentos de lazer ou à mesa. O que nos alivia a tristeza e nos traz esperança. O que mantém a nossa memória ativa, os nossos dias e anos mais completos. Falo das nossas relações afetivas.
No final deste ano, recebi, através de um grupo de amigas no WhatsApp, um vídeo inspirador e verdadeiro. Tratava-se de uma palestra do TED de 2015 de um psiquiatra e psicanalista americano, diretor "bambambam" da Harvard de pesquisa sobre o desenvolvimento adulto. Com o tema What makes a good life? (O que faz a vida ser boa?, em tradução livre), Robert Waldinger apresenta em 15 minutos um estudo de 75 anos dedicados a pesquisar a vida de mais de 700 homens para, enfim, descobrir o que faz uma vida ser boa.
Em um resumo superficial sobre o estudo (se quiser ver mais, o vídeo está no Youtube), relacionamentos próximos e de qualidade (e não em quantidade) são a grande chave para uma vida feliz, longa e saudável. O círculo de amizades e a relação com o seu parceiro (ou parceira) são muito mais fortes e transformadores do que dinheiro ou fama. Vive mais quem se conecta de verdade com a comunidade, os amigos e a família. E não valem redes sociais, ok? Enfim, uma boa vida se constrói com boas relações. Simples e óbvio assim!
E eu não sei você, leitor, mas eu concordo com o estudo. E se uma vida boa se constrói com boas relações, o que dirá um ano. Quantos encontros cabem em 365 dias? Quantos reencontros?
Quando paro para refletir sobre 2016, lembro todas as pessoas e grupos que fizeram o meu ano ser inesquecível dentro de um abraço, de uma vitória ou de um fim de tarde com pôr do sol. Vivi mais dentro de cada instante em que estive acompanhada dos meus pais, das vizinhas de caminhadas, da turma sempre animada do Grêmio, das parcerias de paddle, das gurias agitadas da ASSF (minhas amigas de faculdade), das amigas blogueiras e viajadas, da turma festeira da escola dos meus filhos ou dos alegres saraus da família. E, é claro, vivi ainda mais dentro de cada sorriso dos meus filhos e de todos os momentos ao teu lado, Mojo.
Em tempos que todos desejam boas festas, boas realizações e muitas conquistas, desejo apenas que você tenha bons amigos e parceiros para eternizar momentos, bater um papo-terapia, tomar um chopinho, brindar o novo ano e, quem sabe, encontrar a fórmula da felicidade e de uma vida mais longa. Feliz 2017.