Especialistas da OMS reunidos nesta sexta-feira, em Genebra, decidiram que o surto de zika deixou de ser classificado como uma situação de emergência sanitária mundial. Em Brasília, no entanto, autoridades disseram que ainda não estão prontas para baixar a guarda e o Ministério da Saúde anunciou que continuará tratando o zika como uma emergência sanitária de importância nacional.
– Vamos manter o status de emergência no Brasil até que estejamos completamente tranquilos com a situação – disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a jornalistas.
Autoridades dizem que o zika parece estar em declínio no Brasil, mas que os dados disponíveis não são suficientes para ter certeza.
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– No ano passado, não tínhamos testes suficientes (para detectar o zika), por isso não podemos especificar como o vírus circulou – disse Wanderson Oliveira, coordenador-geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública no Ministério da Saúde. – Não temos uma referência para determinar se o vírus está aumentando ou diminuindo – acrescentou.
Desde que o zika causou um alarme global no ano passado, o Brasil tem sido o epicentro da epidemia desse vírus, transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti e acusado de causar graves malformações congênitas, como a microcefalia. O Ministério da Saúde confirmou 2.143 casos de microcefalia associada ao vírus no Brasil desde que a epidemia foi detectada, em 2015.