Você usa o smartphone para fazer ligações, mandar mensagens, conferir as redes sociais e pode, também, ficar de olho na saúde por meio dele. Um passeio pelas lojas de aplicativos pode resultar na marcação de uma consulta médica de última hora, no controle do horário de tomar remédios, em informações sobre um medicamento e até no acesso a uma ficha de saúde completa.
Em ascensão desde o ano 2000, quando iniciaram os primeiros estudos para desenvolver o que hoje chamamos mHealth – algo como "saúde móvel" –, o mercado de aplicativos e dispositivos móveis para esse segmento tem como objetivo facilitar os serviços e auxiliar no controle e na prevenção de doenças.
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– Conseguimos monitorar as práticas cotidianas mais simples, possibilitando um maior engajamento com a saúde e com o próprio corpo. Essas tecnologias estão mudando o modo como as doenças podem ser controladas, monitoradas e prevenidas. Em um espectro mais amplo, tendem a auxiliar no empoderamento da saúde, pois possibilitam conhecer o funcionamento do organismo por meio das ferramentas – avalia a jornalista e coordenadora do Grupo de Estudos em Ubiquidade Tecnológica da PUCRS, Luciele Copetti.
Atuando como coadjuvantes na relação médico-paciente, esses mecanismos servem de suporte para busca e troca de informações. Para a oncologista do Hospital Moinhos de Vento Alessandra Morelle, tanto aplicativos específicos da área médica quanto as redes sociais são importantes para aproximar os profissionais das pessoas que eles atendem:
– Estamos nos conectando de forma diferente. Há mais comunicação por telefone, mensagem, rede social. Interagir com os pacientes dessa maneira é natural também – analisa.
Alessandra alerta, no entanto, que o uso dessas ferramentas, em especial aquelas de troca de mensagens, não deve ser feito em casos de urgência.
– Lógico que é preciso conhecer o paciente para ter segurança. É vantagem para todo mundo, mas tem que saber usar. Não é um atendimento de emergência.
– Temos diversas ferramentas de buscas de informações, aplicativos gratuitos que facilitam o acesso às informações, mas nenhum desses substitui o atendimento ao profissional da área da saúde. Ao menos, não deveria substituir. Essas ferramentas podem dar um suporte, já que têm um monitoramento do cotidiano mais amplo, e podem auxiliar com informações ao médico – completa Luciele.
Conheça alguns dos aplicativos que podem facilitar a relação médico- paciente.
Caixa de remédios
O que é: aplicativo que reúne informações sobre dosagem e recomendações sobre os medicamentos. Funciona como uma bula online. É possível localizar o produto por meio do código de barras ou do nome. Também funciona como uma agenda que orienta sobre o uso correto de cada remédio e sinaliza o horário de tomá-lo. Outra funcionalidade é alertar à distância, por SMS ou ligação, uma pessoa sobre o momento de ingerir a medicação.
Disponibilidade: Android e iOS
Valor: gratuito
Docway
O que é: aplicativo que oferece consultas médicas domiciliares em horário comercial. Basta fazer o download, preencher o cadastro com endereço e especialidade médica desejada e aguardar o atendimento. O pagamento é feito por meio do cartão de crédito diretamente pelo app logo que a consulta acaba. O serviço chegou a Porto Alegre em julho e já conta com mais de 60 profissionais cadastrados.
Disponibilidade: Android e iOS
Valor: gratuito
Rapidoc
O que é: aplicativo que oferece consultas médicas, de fisioterapia, de psicologia e nutrição. Criada no Rio Grande do Sul, a ferramenta está disponível em 50 municípios de 14 estados brasileiros. Depois de baixar o app, o paciente solicita a visita e aguarda o atendimento. O pagamento é feito diretamente ao profissional.
Disponibilidade: Android
Valor: gratuito
Metacem
O que é: site com versões desktop e mobile (em breve, em formato de aplicativo) onde os médicos abastecem as informações pessoais de cada paciente. Podem ser colocados resultados de exames e medicamentos receitados, por exemplo. Com isso, cada pessoa tem em um só lugar o seu prontuário, que pode ser levado em consultas a diversos especialistas. Além disso, também permite que o paciente agende consultas pelo portal.
Disponibilidade: versão desktop e mobile
Valor: só são cobrados valores dos médicos, não dos pacientes
Diário da dor
O que é: aplicativo no qual pode-se reunir informações sobre os episódios de dores de cabeça e enxaqueca. É possível anotar a intensidade da dor, tempo de duração, gatilhos da crise e até alterações de comportamento.
Disponibilidade: Android e iOs
Valor: gratuito
Socorro
O que é: reúne informações sobre a pessoa para utilização em casos de emergência. É possível colocar nome, idade, peso, contatos, alergias, doenças, plano de saúde e tipo sanguíneo.
Disponibilidade: iOS
Valor: gratuito